Como sua empresa pode se adaptar à mudança de consumo pós pandemia?
Neste artigo você vai ver:
- O que é consumo?
- Consumo x consumismo
- A história do consumismo
- Como o consumo interfere na sociedade?
- Consumo x investimento
- O mercado das MPE
- Como se posicionar no novo cenário?
- Produtos e serviços em alta
- O passo a passo para ter sucesso no novo cenário
- Como estruturar uma estratégia para atingir os consumidores?
- Estudar mercados
- E a lucratividade?
- Estabeleça metas e desafios para atingir o consumidor no novo cenário
Todo o mundo vem sofrendo os impactos da pandemia e o principal está relacionado ao novo modo de consumo e como realizamos nossas compras sem sair de casa.
Esse novo comportamento implica ações duradouras para as marcas, e os grandes especialistas sobre marketing são praticamente unânimes ao dizer que a velocidade e a humanização na comunicação, nesse cenário, são vitais para qualquer marca.
Neste artigo você vai ver:
- O que é consumo?
- Consumo x consumismo
- A história do consumismo
- Como o consumo interfere na sociedade?
- Consumo x investimento
- O mercado das MPE
- Como se posicionar no novo cenário?
- Produtos e serviços em alta
- O passo a passo para ter sucesso no novo cenário
- Como estruturar uma estratégia para atingir os consumidores?
- Estudar mercados
- E a lucratividade?
- Estabeleça metas e desafios para atingir o consumidor no novo cenário
Realizar uma boa gestão com foco no fluxo e pedidos, independentemente do tamanho do negócio, é fundamental para que a crise não feche as portas da sua empresa.
Vamos entender mais sobre o novo cenário e formas de adaptação?
O que é consumo?
Antes de tudo, consumo é a prática econômica de obter bens ou serviços e o ato de consumir é influenciado por diversos fatores culturais. Alguns exemplos, dentre outros fatores, são costumes, rotinas e memórias. Esses aspectos são essenciais para que os órgãos se organizem e estabeleçam um posicionamento em relação ao seu público.
O consumo pode ser dividido em dois formatos: consumo consciente e consumo sustentável.
Consumo Consciente
É aquele praticado por pessoas que relacionam seus hábitos aos fatores socioambientais. Esse tipo de cliente busca fazer compras mais planejadas, por meio de marcas e fornecedores que trabalham com a redução de suprimentos em sua produção e procuram reduzir o impacto social e ambiental de suas atividades.
Consumo Sustentável
O consumo sustentável possui a mesma base do consumo consciente, no entanto é ainda mais expandido. O modelo consiste numa mudança total do modo como o consumidor de comporta.
O formato trabalha com a política de uma compra e geração de resíduos mínima. Por isso, gerencia o uso de recursos naturais, aproveita melhor os bens e dá uma atenção especial às marcas e empresas de que são clientes
Consumo x consumismo
Como falamos, o consumo é a aquisição de suprimentos que saciam as necessidades básicas dos seres humanos. Desde o início dos tempos, a vida dos seres humanos possui uma relação entre produção e consumo.
Já o consumismo, diferentemente do consumo, está relacionado com a acumulação de bens que extrapolam a necessidade de subsistência. Está relacionado a um padrão de comportamento social que compreende a aquisição de bens como forma de identidade, diferenciação social e prazer.
A história do consumismo
Segundo os estudos da história e da sociologia, o consumismo surge a partir da mudança dos modos de produção gerada pela revolução industrial. Com isso, toda a relação entre produção e consumo é reformulada.
A produção em larga escala, possibilitada pelos avanços técnicos, gerou uma maior facilidade para o consumo. Assim, um número menor de pessoas precisa produzir para que todos possam consumir.
Desse modo, a sociedade deixa de ser uma sociedade de produtores e passa a ser uma sociedade de consumidores. A produção de bens cada vez mais intensa exige que o consumo também seja cada vez mais intenso. Para isso, são criadas ferramentas para o estímulo ao consumo, dentre elas, a propaganda.
A propaganda cumpre um papel importante, estimulando as pessoas ao consumismo e associando produtos a modos de vida desejáveis.
Assim, o consumismo fundamenta-se em um processo chamado de reificação (coisificação) em que há uma inversão da relação sujeito-objeto. O indivíduo (sujeito), que antes consumia algo (objeto) por necessidade, passa a identificar a si mesmo através do seu padrão de consumo.
Os produtos perdem sua relação com a necessidade, para atuarem como objetos de desejo. Assim, assumem em sua figura a promessa de suprir outras necessidades que estão além dos produtos, como: ser visto, ser respeitado, ser admirado, ser desejado sexualmente, etc.
Logo, o consumismo retira dos seres humanos sua natureza e a associa aos bens de consumo, objetificando os indivíduos.
Como o consumo interfere na sociedade?
A crise identitária inaugurada na modernidade conecta-se à cultura do consumo da seguinte maneira: se as escolhas individuais estão orientadas à satisfação das necessidades pessoais, e se o consumo é o principal meio de acesso às ações e experiências necessárias à construção da própria identidade, esta acaba sendo convertida em uma mercadoria.
O ato de consumir transforma-se em uma espécie de necessidade existencial, pois temos de produzir e ‘vender’ uma identidade a vários mercados sociais, a fim de ter relações íntimas, posição social, emprego e carreira.
E a principal relação estreita e forte entre o consumismo e a sociedade é o meio ambiente. Isso porque para atender a demanda da produção é necessário retirar matérias-primas da natureza, fabricar e transportar materiais, fazer grande uso de energia elétrica e de água.
Tudo isso gera emissão de gases poluentes, degradação e devastação ambiental, poluição geral e, consequentemente, a destruição de ecossistemas.
Além disso, somos influenciados por um dos maiores difusores do consumismo: a mídia. Todos os dias somos “bombardeados” com milhares de propagandas. São milhões e milhões de gastos para tentar nos fazer comprar os produtos.
Consumo x investimento
Consumo e investimento são umbilicalmente ligados quando consideramos os dados do PIB pelo lado da demanda global, como se pode ver em uma economia simplificada ao extremo.
Tudo o que foi fisicamente produzido em uma unidade de tempo na economia (por hipótese, sem governo e sem comércio exterior), só pode ter dois destinos: ser consumido ou não. Chamemos o não consumido de poupança e façamos a hipótese que ela foi “investida” para aumentar o estoque de capital da sociedade sobre o qual age a força de trabalho ativa para produzir o PIB.
Segundo Antonio Delfim Netto (professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento), como se reparte a demanda global entre consumo e investimento tem sido tema de discussão na economia desde a origem dos tempos, mas até agora nenhuma teoria resistiu às torturas econométricas. Pelo menos dois fatores parecem determinar empiricamente o nível do consumo: tamanho do próprio PIB e o valor da “riqueza potencial” do consumidor, que podemos assimilar ao crédito de que ele dispõe.
A utilização desse crédito, por sua vez, depende da taxa de juros real da economia e do seu prazo. Com relação ao investimento, que aumenta a capacidade produtiva, é a mesma coisa: ele parece depender de muitas variáveis, mas no esqueleto que estamos construindo neste novo cenário, ele é dependente apenas da taxa de juros real.
O mercado das MPE
Os pequenos negócios empresariais são formados pelas micro e pequenas empresas (MPE) e pelos microempreendedores individuais (MEI). No Brasil existem 6,4 milhões de estabelecimentos. Desse total, 99% são micro e pequenas empresas (MPE).
As MPEs respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (16,1 milhões). E os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos.
Como se posicionar no novo cenário?
Diante do que falamos até aqui, algumas medidas são essenciais para um bom posicionamento das empresas, entre elas a redução de times e horas trabalhadas, aumento do rigor na higienização do ambiente de trabalho, adoção de home office, criação de canais de informação e disponibilização gratuita de serviços de comunicação são algumas das medidas tomadas por muitas empresas diante da expansão do Coronavírus pelo mundo.
A Microsoft, por exemplo, criou um mapa em tempo real da pandemia coletando dados dos relatórios divulgados pela OMS, do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos e outras fontes.
Produtos e serviços em alta
A expectativa de crescimento de 2,5% da economia brasileira, em 2020, somada à projeção de uma safra recorde no setor agrícola deve favorecer diretamente às micro e pequenas empresas (MPE) do país, que estão voltadas majoritariamente ao mercado interno.
O otimismo é maior para as micro e pequenas empresas que atuam no setor de serviços, para os negócios voltados ao atendimento das necessidades básicas da população, para o segmento da construção, bem como os pequenos negócios que atuam no setor do agronegócio. Essas são as conclusões do estudo: “Negócios Promissores em 2020” realizado pelo Sebrae a partir do cruzamento e análise de um conjunto de dados do FMI, Banco Central e Ministério da Economia.
Segundo o Boletim Macrofiscal da SPE (Secretaria de Política Econômica), a economia brasileira já apresenta indicadores de recuperação mesmo diante da pandemia que restringe o contato físico, com diminuição do risco país, queda da inflação, expansão de crédito e retomada da confiança.
Separamos alguns tipos de negócio em alta para este segundo semestre:
- Alimentação saudável e gourmet;
- Clubes de assinatura;
- Inteligência artificial;
- Mercado Pet;
- Economia compartilhada;
- Beleza e cosméticos;
- Coaching;
- Cosméticos naturais;
- Brechós;
- Corte e costura;
- Coworking;
- Infoprodutos;
- Cafés especiais.
O passo a passo para ter sucesso no novo cenário
Mostrar a utilidade do seu negócio para as pessoas que estão home office é fundamental para continuar no mercado. Veja algumas sugestões para implementar na sua empresa:
1. Reduza a burocracia dos processos internos
Reveja etapas importantes e que facilitam o dia a dia da empresa em realizar as vendas. Busque aumentar a agilidade interna.
2. Use a tecnologia para evitar o contato entre as pessoas
Uma das medidas que a sua empresa pode providenciar imediatamente é usar o digital em todos os momentos. Faça reuniões online, agende atendimento presencial, se preciso, (seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde) pelas ferramentas de mensagens instantâneas e outros que podem ser fundamentais para o funcionamento do seu negócio.
3. Aumente o rigor na higienização
A etiqueta de saúde é também uma das recomendações mais divulgadas pelas autoridades brasileiras e internacionais, afinal, o contágio pelo Coronavírus é muito semelhante ao da gripe comum e ao de outras doenças respiratórias.
Sendo assim, aumentar o rigor na limpeza do ambiente de trabalho e instituir políticas de higiene protetivas para fazer qualquer tipo de atendimento é muito importante no combate à doença.
4. Implemente o home office
O trabalho remoto é uma solução lógica para manter a produtividade dos negócios e governos em períodos críticos.
Após as orientações de isolamento divulgadas pela OMS, os benefícios e potenciais dessa modalidade de trabalho passaram a ser amplamente discutidos, principalmente nas áreas de TI, Marketing Digital e até na administração pública.
5. Seja flexível e aberto às negociações
Nenhum de nós estava preparado para as mudanças, mas a flexibilidade e negociação são passos principais para que seus clientes compreendam como o seu negócio está se adaptando e inovando nesse momento.
Ampare colaboradores, parceiros e clientes prejudicados.
A pandemia também tem levantado questões sobre suas implicações no grande número de trabalhadores autônomos e informais que dependem das plataformas de economia compartilhada.
Por exemplo, veja como você pode apoiar e ajudar na divulgação de parceiros, para que juntos consigam continuar com as vendas diante deste cenário.
Como estruturar uma estratégia para atingir os consumidores?
Neste momento, o uso do digital tem aumentado muito, por isso, para empresas de pequeno porte é uma oportunidade de continuar vendendo com uma estratégia online.
- Continue postando e mantendo sua presença digital nas redes sociais;
- Crie listas e roteiros de venda para trabalhar com e-mail marketing e canais como o Whatsapp ou Telegram;
- Produza conteúdos de valor. O seu conteúdo deve ajudar as pessoas;
- Faça lives nas redes sociais e estreite os laços com os seus clientes;
- Seu negócio precisa se posicionar neste momento;
- Tenha estratégias de persuasão como a exclusividade e a reciprocidade, que são gatilhos mentais importantes. Quanto mais conteúdo você oferece nas redes sociais, quanto mais você ajuda as pessoas, mais as pessoas vão ter uma dívida de gratidão e quando tudo isso passar, você será ‘Top of Mind’ do cliente;
- Trabalhe todo dia como se fosse Black Friday. Estoque parado é prejuízo!;
- Não se esqueça da constância. Poste uma vez por dia nas suas redes. Deixe o seu site atualizado!;
- Simples é mais do que perfeito. Essa crise é uma oportunidade de aprendizado e para inovar o seu negócio;
- Desacelere! Aproveite para estar mais próximo da sua família. Ter tranquilidade vai te ajudar a enxergar novas possibilidades de negócio.
Estudar mercados
A urgência de evitar a disseminação do coronavírus pelo mundo fez com que ele se tornasse pauta em todos os lugares, da internet à televisão. Com o tempo, a tendência é que haja uma saturação. Este será o momento com mais oportunidades para o digital.
E pensando nisso, nada melhor do que estudar o mercado de forma simples e eficiente. Para isso separamos alguns passos para você seguir:
- Definir as perguntas a serem respondidas com o estudo;
- Identificar o público-alvo e segmentá-lo;
- Verificar quais são os concorrentes e as suas principais ações;
- Apurar a regulamentação sobre o mercado-alvo;
- Selecionar e desenvolver técnicas para recolher informações (qualitativa ou quantitativa);
- Coletar as informações e fazer a análise dos dados obtidos;
- Incluir os resultados do estudo de mercado no plano de negócios.
E a lucratividade?
Neste “novo normal”, muito provavelmente centenas de demandas presenciais serão ainda mantidas no ambiente virtual, por ambas as partes.
Com isso, encontrar alternativas para manter o negócio funcionando é muito importante neste processo, evitando que a crise econômica faça a sua empresa fechar.
Veja aqui, as melhores práticas para adaptar ao seu negócio durante a pandemia e seguir no “novo normal” que espera todos nós.
Estabeleça metas e desafios para atingir o consumidor no novo cenário
Para continuar conversando com o seu consumidor, nada melhor do que criar uma estratégia de comunicação.
Liste ações que podem ser realizadas para que o atendimento seja o melhor possível, com explicações sobre os produtos/serviços, formas de entrega e pagamento.
Para isso, estabeleça metas e desafios do seu negócio neste novo cenário. Nossa dica é fazer uma análise SWOT da situação que sua empresa se encontra para avaliar as oportunidades, ameaças, forças e fraquezas.
Essa ferramenta vai dar mais clareza, para analisar o mercado e o seu negócio e definir quais são as melhores ações para você realizar neste momento.
Lembre-se que a parte contábil e administrativa são importantes para uma boa gestão e para que o seu negócio não afunde. Clique aqui para saber como nossa equipe pode te ajudar neste momento de mudança de consumo e no novo cenário do mercado.
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Escrito por:
Vitor Torres
Vitor Torres é fundador e presidente da Contabilizei desde 2013, quando iniciou uma revolução ao liderar o movimento de desburocratização da contabilidade no país, tendo alcançado a liderança no segmento durante essa jornada. Hoje tem o propósito de simplificar a vida dos micros e pequenos empreendedores e fortalecer o futuro de cada um dos 50 mil clientes da companhia, transformando o cenário do empreendedorismo no Brasil. O executivo é formado em Administração pela Universidade Positivo, possui formação executiva em Liderança em Escala pela INSEAD, realizou um MBA de Administração e Negócios pela Columbia Business School e participou de um Programa de Liderança Executiva em Negócios pela Stanford University Graduate School of Business. Em 2016, foi selecionado como Empreendedor Endeavor. Reúne experiência na área de consultoria e análise de negócios, tendo apoiado de forma pioneira no desenvolvimento do ecossistema de startups.