Aulas pela internet: Como ganhar dinheiro ensinando online
Neste artigo você vai ver:
- Aulas online: criação de conteúdo para internet
- Como analisar o mercado e entender qual o melhor pacote de produtos para disponibilizar
- Tipos de cursos online: montando as possibilidades de aprendizado
- Onde disponibilizar seu conteúdo?
- Qual é o valor do conteúdo que eu tenho? Quanto cobrar pelo curso?
- Como virar referência?
- Os principais erros quanto a criação e disponibilização de conteúdo na web
Lecionar é muito mais um estilo de vida do que uma proposta econômica na trajetória de alguém, a gente sabe. Por diversos motivos, o professor é uma daquelas figuras que conhecemos pela boa vontade em atender seus alunos mesmo com a possibilidade de que sua vida financeira não seja das mais fáceis.
Mas e se o mundo estivesse dando uma volta por cima nesse assunto e os professores passassem a ter seu trabalho valorizado, recebendo uma remuneração à altura da sua acolhida aos alunos? Pois a gente está vivendo este momento agora mesmo. Se você tem vontade de empreender, o espaço online permite novas oportunidades para quem é do ramo da educação. Mesmo que você não conheça muito sobre como abrir uma empresa, vender cursos, investimento, retorno financeiro – vá em frente, as informações estão disponíveis para você aprender a ser empresário além de professor.
Neste artigo você vai ver:
- Aulas online: criação de conteúdo para internet
- Como analisar o mercado e entender qual o melhor pacote de produtos para disponibilizar
- Tipos de cursos online: montando as possibilidades de aprendizado
- Onde disponibilizar seu conteúdo?
- Qual é o valor do conteúdo que eu tenho? Quanto cobrar pelo curso?
- Como virar referência?
- Os principais erros quanto a criação e disponibilização de conteúdo na web
Você pode argumentar que o sol não brilhará para todos, que há professores demais para que possam fazer conteúdo que chame a atenção todos eles, etc. Mas quem não entrar neste tipo de transição seguirá como está: no mesmo passo de recebimento de gratidão mais do que remuneração ao longo da carreira.
Aulas online: criação de conteúdo para internet
Não existe só um tipo de professor, da mesma forma não existe só um tipo de conteúdo para disponibilizar pela internet.
Tradicionalmente o mercado online de educação está mais voltado para a educação de adultos, pois já são letrados e possuem os conhecimentos básicos para uso da tecnologia que lhes apresentará os conteúdos. Mas, em 2020, apareceu esse grande “boom” de conteúdo online para todas as faixas etárias: aqueles professores que nunca antes tinham se imaginado trabalhando com educação à distância precisaram rapidamente adaptar seus materiais e métodos e mergulhar nessa nova tarefa.
E é aí que perguntamos: se você já deu esse passo, buscou informações sobre metodologia online, até mesmo aplicou com sua turma que começou presencial, será que agora não é a hora de investir neste conteúdo para que o mesmo curso online possa lhe render frutos? É uma boa reflexão a ser feita.
Como analisar o mercado e entender qual o melhor pacote de produtos para disponibilizar
Uma das questões a serem resolvidas quando estamos falando em conteúdo online é saber como é a aceitação e se funcionou o método que você desenvolveu. Por causa disso, 2020 acabou sendo um tremendo ano para quem precisou aprender a dar aulas online na prática: como as turmas já estavam contratadas para o modelo presencial, a migração aconteceu com o curso andando e os professores puderam ver o que continua funcionando quando o conteúdo é migrado e o que simplesmente deve ser abandonado – foi desafiador mas também recompensador.
Assim, quando a gente fala em conteúdo para comercializar online estamos falando de você montar com essas técnicas que já testou um conteúdo que vá interessar seu público-alvo. Sim, é aqui que o professor vira também empresário: e isso não é nada ruim, para ninguém! Quando você vai oferecer diretamente seu conteúdo, você precisa pensar também sobre como terá retorno financeiro do trabalho, afinal não será do dia para a noite que estará com o material online montado.
Vivemos em uma sociedade onde, por vezes, pensar em obter uma remuneração justa pode parecer que estamos tentando somente lucrar, sem oferecer um retorno positivo no processo de compra. Mas isso não é realista. Pense bem: por que você faria uma curso online somente para ganhar algum dinheiro e não levar conhecimento aos alunos? Por que outros alunos comprariam seu curso? Que tipo de realização você teria se somente buscasse o lucro e não estivesse disposto a ofertar o melhor material possível para essa sua proposta a distância?
Respondendo a essas perguntas, é certo que alguém que investe seu tempo no preparo de um bom material – especialmente alguém que já tem trajetória e desenvolveu métodos de manter os alunos junto consigo para que realmente aproveitem o curso – está munido de boas intenções, e terá retorno desse investimento de tempo, dinheiro e energia.
Então, o melhor pacote para disponibilizar é justamente este: o que você desenvolveu com base em testes, do assunto que você mais conhece.
Tipos de cursos online: montando as possibilidades de aprendizado
Sabendo que você tem condições de montar um curso online, considere que as principais ferramentas de educação online são as aulas ao vivo (lives) e os recursos para o aluno ler e assistir sozinho. Dividindo seu curso nesses dois tipos de interação com o aluno, você poderá oferecer tanto cursos de curta duração quanto mais extensos.
Uma aula de história da arte, por exemplo, pode ter um modelo de curso rápido para aqueles que vão utilizá-lo como um hobbie ou passatempo, mas também pode ser oferecida em um modelo mais completo, como um técnico para produção em museus ou galerias, por exemplo. Na versão mais longa, as aulas ao vivo podem ser mais frequentes e, conforme as regras para emissão de certificados (que você deve conferir de acordo com o tema que você trabalha), o curso deve contemplar avaliações também.
É interessante oferecer mais de uma versão, porque os alunos podem comprar a primeira parte, mais simples, e depois de perceberem a qualidade do conteúdo e o match com seus interesses, podem adquirir mais partes do pacote.
Onde disponibilizar seu conteúdo?
Como qualquer empresa que tem o trabalho feito online, você precisará garantir uma boa presença online. Para isso, será necessário investir na construção de um site, além de você poder explorar as redes sociais para manter contato com seu público-alvo.
Mas para que você desenvolva os conteúdos e compartilhe com seus alunos há diversas ferramentas de educação à distância que você pode usar – algumas pagas, outras gratuitas.
Para as aulas ao vivo com a turma, o Microsoft Teams, por exemplo, permite montar as turmas e marcar os horários de aulas, e você verá seus alunos online, podendo trocar informações com eles – o que para alguns tipos de conteúdos é essencial. Há versões pagas e gratuitas, assim como do Google Classroom.
Uma plataforma que está movimentando o mercado educacional também é a Hotmart, que reúne diversos tipos de cursos online, e gerencia também o pagamento dos alunos. É uma opção interessante para quem está buscando um nicho de alunos conectados, que estão seguindo a tendência.
Para trocar conteúdos com os alunos, o Google Docs é um espaço interessante. Tanto você pode criar arquivos de texto ou apresentações que os alunos poderão acessar, quanto eles mesmos podem disponibilizar para você os trabalhos e provas nesse sistema.
É interessante conhecer ferramentas que foram disponibilizadas com funcionalidades básicas gratuitamente pelas grandes empresas de tecnologia por causa da Pandemia: a Google oferece informações sobre suas ferramentas para auxiliar os professores, o que é parte da cultura da empresa; a Microsoft também reuniu dicas sobre como utilizar seus produtos no meio acadêmico, e você poderá então escolher os recursos que melhor lhe servirem.
Para aulas em vídeo, gravadas ou ao vivo, o YouTube é um canal bastante efetivo. Você pode marcar um horário e os alunos assistem sua aula ao vivo, conversando com você por chat. Também pode ser tradicional: você produz sua colocação em vídeo e disponibiliza o link para eles – que poderão assistir quando for mais conveniente, mantendo contato com você através de outra ferramenta que for escolhida para o curso.
Qual é o valor do conteúdo que eu tenho? Quanto cobrar pelo curso?
O mais interessante sobre os conteúdos online é que não há uma regra definitiva: o certo é que conteúdos vinculados a professores mais reconhecidos ou instituições mais renomadas acabam tendo valor mais alto justamente porque a procura por estes cursos é maior.
Se você está começando agora com sua empresa de cursos online, pode ser uma boa forma de identificar um preço atrativo para fazer uma pesquisa por conteúdos similares e valores cobrados. É claro que você deve considerar o fator da sua experiência e reconhecimento na comunidade nesse preço: para dar aulas de música online, por exemplo, um maestro famoso, mesmo que localmente, poderá indicar preços mais altos – e o público reconhecerá o valor da aquisição.
Vale a regra de ouro de todos os produtos: a procura pelos seus cursos é que efetivamente lhe indicará se os preços estão de acordo com o que vale o conteúdo ou não.
Como virar referência?
Muitos profissionais de diversas áreas estão migrando para a internet com seus conteúdos específicos, tratando de disseminar informações sobre o que deu certo para eles. Para que o seu conteúdo tenha sucesso, o principal é que ofereça qualidade e que tenha visibilidade: esses são dois pontos essenciais!
Qualidade de conteúdo na internet é muito diferente de qualidade presencial. Lembre-se: um vídeo de você sendo o melhor professor do mundo não oferece o ambiente de sala de aula, e portanto não prende a atenção do aluno da mesma forma.
Para pensar estrategicamente seu conteúdo para aulas online, algumas das plataformas que você pode escolher até oferecem dicas e cursos (claro, né!) sobre qual o melhor formato para oferecer as informações.
Quando se fala em educação, de modo geral, sabemos que as pessoas aprendem de formas diferentes. E por isso mesmo o facilitador da aprendizagem (que é o professor, o instrutor, o guru – ou o nome que você quiser dar) precisa oferecer conteúdos em diferentes formatos para que todos os alunos estejam contemplados: os que aprendem com o professor falando, os que aprendem lendo, os que aprendem com histórias contadas em vídeos, os que aprendem com imagens, e assim sucessivamente – quanto mais diverso o conteúdo, maior garantia de atingir todos.
No quesito visibilidade, é importante pensar realmente como um empreendedor e trabalhar com marketing digital para alcançar um bom número de inscritos nos seus cursos, e buscar realmente uma remuneração interessante através desta atividade. Será definitivo manter ações online para que as pessoas conheçam a sua marca, saibam quando procurar você e o que está sendo oferecido.
Os principais erros quanto a criação e disponibilização de conteúdo na web
Vamos a uma pequena lista de erros, e exploramos cada um a seguir:
- Conteúdos muito longos;
- Plataformas com usabilidade baixa;
- Tipo de conteúdo limitado;
- Deixar o aluno por conta própria.
Conteúdos muito longos: Como já comentamos antes, nas aulas online o aluno tem outro tipo de atenção. E já se sabe que a atenção dele tem uma duração bem mais curta – e precisa de movimentação para que se renove a cada tempo. Sendo assim, o ideal é que os materiais – sejam eles textos, sejam eles vídeos, ou qualquer outro recurso – estejam montados em pequenos blocos: um assunto em 5 minutos, por exemplo. Se o aluno escolher continuar o curso naquela mesma hora, ele entrará em um novo conteúdo, que lhe cobrará atenção por mais 5 minutos, mas houve uma mudança e portanto foi renovado o olhar dele.
O próprio YouTube tem uma explicação bastante didática sobre o tempo dos vídeos, a retenção dos usuários (que trata do tempo que as pessoas permanecem assistindo os conteúdos), e esse é o tipo de informação que pode ajudar você a acertar.
Plataformas com usabilidade baixa: a usabilidade é a forma com que o usuário pode interagir com o ambiente virtual. Em um caso positivo, será fácil acessar qualquer material, você poderá pausar as atividades e continuar em outro momento, é simples enviar arquivos para o professor.
É importante pensar nisso, em especial pensar na usabilidade em relação ao público com o qual você está trabalhando. Crianças pequenas precisam de um tipo de interação com o computador, adultos jovens são a faixa etária com mais facilidade com as tecnologias, e se o seu público for senior, então você precisa facilitar a troca com os alunos para que seja realmente produtivo.
Tipo de conteúdo limitado: como já comentamos antes, é preciso levar em conta todos os tipos de aprendizagem e desenvolver técnicas que sirvam para diferentes alunos. Pense que agora você está desenvolvendo realmente um negócio, e precisa investir tempo também para aprender sobre como fazer os melhores materiais para seus alunos – essa é, afinal, a galinha dos ovos de ouro na educação online. Trazer imagens, manter relações com as atualidades da sua área, disponibilizar links de vídeos com entrevistados relevantes para os assunto: a diversidade é amiga da educação.
Deixar o aluno por conta própria: muitas pessoas tentam engatar algum tipo de atividade online mas acabam por se sentir perdidas nos conteúdos, esquecem de voltar na plataforma depois de algum tempo, e terminam abandonando o curso em que se inscreveram. Essa dificuldade, em parte, é porque estão abandonadas pelos proponentes do curso: achar que manter material de educação online é oferecer um curso é uma falácia.
Para que o alunos realmente consiga participar das atividades, e assim manter o engajamento, é preciso que o professor mantenha contato pessoal com ele. Pode parecer um pouco absurdo para aquelas plataformas que querem ter milhões de aluno com baixo custo, mas se estamos falando de educação de qualidade e de você investindo no próprio negócio, é isso mesmo: tenha algum tipo de comunicação particular com cada aluno, e também proponha grupos de trocas de informação entre os alunos (e sim, pode ser até um grupo de Whatsapp).
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Escrito por:
Guilherme Soares
Guilherme Soares é vice-presidente de Aquisição e Receita da Contabilizei, onde atua desde 2018. O executivo lidera as verticais de negócios de Aquisição de Novos Clientes e de Gestão dos Clientes, sendo responsável por growth marketing, comercial, novos negócios, produtos e gestão da unidade de negócios, áreas que são essenciais para garantir a atração, a conversão e a fidelização de clientes. Como um dos responsáveis pelo crescimento acelerado da companhia, reúne as ferramentas e as habilidades necessárias para implantar teses de crescimento e gerir a qualidade dos serviços prestados, visando conquistar diferentes patamares e sustentar a liderança de mercado em um ambiente competitivo. Engenheiro formado pela USP, concluiu mestrado em Gestão e Administração de Negócios pela London Business School e participa constantemente de programas de treinamento relacionados à gestão e ao crescimento de negócios, como o programa Empreendedorismo e Competitividade na América Latina pela Columbia Business School e o Innovation & Growth da universidade de Stanford. No passado, exerceu a função de consultor estratégico de negócios na Bain & Company e liderou áreas de estratégia comercial e produtos na Latam Airlines Cargo e Cielo.