Empreendedorismo de Startup: qual o perfil e competências para ser um empreendedor nesse segmento?

Empreendedorismo de Startup: qual o perfil e competências para ser um empreendedor nesse segmento?

Poderíamos dizer que aquele cara que monta uma startup é de fato um empreendedor raíz? É o tipo de negócio em que a ideia vale muito, às vezes vale mais do que a execução (especialmente porque ele pode se juntar a quem sabe fazer execução como ninguém).

Segundo Renata Zanuto, co-head do Cubo, uma das bases do conceito de startup é justamente o potencial de escala: a empresa precisa ser montada de forma que possa alcançar patamares gigantescos de operação. Em uma conversa na qual a Renata participou com o nosso fundador, Vitor Torres, eles falaram justamente do ambiente para as startups no Brasil, e como isso avançou nos últimos anos.

Além dessa ideia de grandeza, o conceito de startup também envolve a inovação: a definição está em criar um modelo de negócios novo, que ajude a resolver problemas existentes, e que com isso possa captar recursos para a tal expansão em escala.

Tipos de empreendimento Startup 

Como vimos no começo do texto sobre o conceito, podemos dizer que há maior facilidade em aparecerem novas startups ligadas a tecnologia, uma vez que o uso da tecnologia propicia a solução de diferentes problemas anteriormente tratados de forma mais cara e demorada.

Mas em qualquer área de conhecimento é possível ser criada uma startup, porque novos modelos de negócios, inovadores, e que garantem a geração de recursos e escalabilidade podem estar presentes nos mais diversos nichos.

Vamos observar a medicina, por exemplo. Em 2020, houve muito espaço para que os médicos pudessem mexer com o tradicional atendimento no consultório e passassem também a se relacionar com os pacientes de forma tecnológica. Com esse avanço, alguns tipos de produtos antes pouco utilizados ganharam escala, como o próprio receituário on-line, que o Conselho de Medicina gerencia. É a partir deste tipo de ignição que as startups nascem: percebem as necessidades e urgências e moldam serviços e produtos para atendê-las. Apareceram novos modelos de planos de saúde, laboratórios de exames, transportes de pacientes: quando o avanço vai para uma área da economia, em geral aparecem diversas novidades para aquele segmento.

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Competências técnicas e comportamentais: quem é o empreendedor de startups

Todos os empreendedores devem fazer uma auto avaliação para identificar suas características que ajudam no negócio e aquelas onde precisam se desenvolver. Existem muitos tipos de empreendedores e cada um deles terá algumas competências mais desenvolvidas do que outras. Aqui vamos listar algumas das mais importantes para o empreendedorismo de startup:

1. Senso de oportunidade

Entre as principais competências que um empreendedor precisa apresentar ou trabalhar para adquirir está o senso de oportunidade. Esta é realmente uma característica de quem olha o ambiente do mercado e percebe quais são os bons negócios que podem ser criados para atender necessidades latentes.

O senso de oportunidade inclui um conhecimento da realidade apurado: quem consegue indicar caminhos para abertura de empresas inovadoras está com essa base arraigada. As oportunidades surgem nas mais diversas áreas, e muitas vezes são soluções tão simples que todo mundo fica pensando: “como eu não pensei nisso antes?”

2. Responsabilidade

É também uma característica fundamental – não adianta ter uma excelente ideia de negócio e não manter os passos certos, com segurança, para que o projeto vá em frente. É preciso que além de ser muito organizado, o empreendedor tenha consciência dos compromissos que propôs a fornecedores e clientes – é o básico do negócio. 

Há um senso comum de que os jovens empreendedores que estão nos processos startup trabalham quando querem, ganham muito dinheiro sem fazer quase nada, vivem mais para curtir a vida do que para trabalhar. E esse é um apontamento muito errado quando se fala de sucesso em qualquer mercado. 

Embora o estilo de vida dos trabalhadores tenha mudado mesmo, e as pessoas tenham mais consciência da importância de estar com suas famílias e aproveitar a vida, isso em nada reduz a carga de trabalho e comprometimento com os negócios. Qualquer uma das empresas de sucesso de que você ouve falar teve, sim, o investimento de muito tempo de vida dos seus fundadores – e é a responsabilidade com o negócio que alavanca isso.

3. Criatividade

Outra importante ferramenta para quem está começando uma empresa é a criatividade. Olhando para a característica do senso de oportunidade, ela interage diretamente com a criatividade, não é mesmo? É preciso ter a visão do ambiente mas também ter a capacidade de criar soluções, de inovar. Nas startups, normalmente observamos projetos que estão trazendo novidades, que foram bolados por mentes bastante criativas frente aos problemas.

O olhar criativo se desenvolve desde que somos crianças, quando não recebemos apenas fórmulas prontas para brincar, mas podemos inventar a própria brincadeira. Esse é o jogo também na vida adulta, quando queremos criar soluções e utilizar o conhecimento que adquirimos ao longo da vida para mudar processos e padrões e facilitar a vida das pessoas. Para que a criatividade realmente gere bons frutos, a mente do empreendedor precisa ser livre, permitindo-se inovar – e essa será uma conquista valiosa para este ambiente de negócios.

4. Resiliência 

Podemos apontar ainda como fundamental a resiliência – competência tão essencial para todos os espaços da vida. Aquele empreendedor que você vê hoje com o maior sucesso, em uma empresa que já está  em crescimento exponencial, provavelmente vai te contar uma história de muitas quedas antes dessa vitória. É para isso que se precisa, então, da resiliência: embora a derrota apareça, a guerra não está perdida ainda e é preciso consertar o que deu errado e seguir em frente.

Lembre-se de que quando você está inovando, o potencial de aceitação da ideia somente será claro quando o processo estiver andando, e pode dar certo ou não. É importante também pensar na resiliência porque muitas vezes você irá carregar a responsabilidade não somente de ter sucesso para você, mas também de oferecer condições de vida para um grupo ao seu entorno – desde familiares até funcionários e terceirizados. Assim, quando o passo for errado, a melhor forma de contemplar todos aqueles que estão te apoiando é seguir em frente, trocando os formatos que precisarem ser revistos.

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Modelos de startup que deram certo no Brasil e no mundo

Você conhece algumas grandes marcas que talvez já não lhe pareçam ter surgido de um modelo startup: Uber, Spotify e YouTube, por exemplo. 

Quase tudo que hoje está rodando na internet, podemos dizer, teve como base um modelo de negócios desse tipo: era uma ideia de alguém, que testou e colocou em prática, acabou virando um excelente negócio e, em alguns casos, ampliando o mercado para o mundo todo.

Você já deve ter visto algumas histórias por aí sobre os empreendedores de famosas marcas que iniciaram o mundo da computação em suas empresas de garagem: sim, muitos começaram seus projetos com pouco dinheiro, usando um espacinho disponível na própria residência da família para manter as atividades.

Uma grande vantagem de quem empreende neste mercado, especialmente aqueles que oferecerão produtos ou serviços online, é que não é necessário ter uma sede física ou manter um espaço caríssimo alugado – é possível montar a empresa conectando a equipe online mesmo, de suas casas.

E, por isso mesmo, você pode escolher o melhor local para empreender. Aproveite para avaliar impostos e vantagens oferecidas pelas diferentes cidades onde você pode registrar a sede da sua empresa, já que o negócio será mantido de forma a distância de qualquer jeito.

No Brasil, um dos primeiros negócios a fazer sucesso com este perfil foi o Buscapé – surgido na internet no início dos anos 2000, o modelo serve para comparar preços entre lojas concorrentes. Funciona até hoje, e foi vendido para uma companhia sul-africana que o mantém rodando, quando os fundadores já partiram para novos projetos. 

O espírito é esse: ter essa essência de gerar uma solução para os problemas do mundo com base no nosso conhecimento, usando as ferramentas que estiverem disponíveis e criando outras necessárias. Basta colocar o projeto em prática e abrir sua empresa.

Mercado de startups e a construção de um novo mundo

Hoje o mercado de statups no mundo está literalmente mudando a realidade como a conhecemos. Se antes a única fuga do carro próprio era o transporte público, agora os carros chamados por aplicativo são uma realidade mesmo em cidades menores. Coisas simples da vida cotidiana, como ir ao mercado ou fazer sua contabilidade com o contador da cidade, também estão cada dia mais migrando para soluções rápidas, com custos que compensam a mudança para um modelo novo.

Podemos dizer com tranquilidade que o ambiente é cada dia mais propício para as startups. Como essas empresas iniciais já demonstraram que boas ideias de negócio dão realmente lucro, as empresas nascentes agora estão com mais credibilidade. Há um bom ambiente para o acolhimento dessas ideias consideradas disruptivas – é para esse tipo de negócios que o mercado está mais receptivo.

É importante saber que nenhuma história é como a da Cinderela com o seu príncipe, como muitas vezes maquiamos a realidade: mesmo que a ideia seja muito boa e tenha excelente aceitação, os investidores que procuram empresas para apoiar são bastante exigentes quanto aos processos de gestão e estruturação do negócio. Vá preparado.

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Escrito por:

Guilherme Soares

Guilherme Soares é vice-presidente de Aquisição e Receita da Contabilizei, onde atua desde 2018. O executivo lidera as verticais de negócios de Aquisição de Novos Clientes e de Gestão dos Clientes, sendo responsável por growth marketing, comercial, novos negócios, produtos e gestão da unidade de negócios, áreas que são essenciais para garantir a atração, a conversão e a fidelização de clientes. Como um dos responsáveis pelo crescimento acelerado da companhia, reúne as ferramentas e as habilidades necessárias para implantar teses de crescimento e gerir a qualidade dos serviços prestados, visando conquistar diferentes patamares e sustentar a liderança de mercado em um ambiente competitivo. Engenheiro formado pela USP, concluiu mestrado em Gestão e Administração de Negócios pela London Business School e participa constantemente de programas de treinamento relacionados à gestão e ao crescimento de negócios, como o programa Empreendedorismo e Competitividade na América Latina pela Columbia Business School e o Innovation & Growth da universidade de Stanford. No passado, exerceu a função de consultor estratégico de negócios na Bain & Company e liderou áreas de estratégia comercial e produtos na Latam Airlines Cargo e Cielo.

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