Empreendedorismo Social: O que é? Pilares, exemplos e diferença com o tradicional

O empreendedorismo social é uma das formas de empreendedorismo que considera o bem-estar social como um dos pilares para o desenvolvimento de soluções e produtos que atendam a problemas enfrentados pela sociedade e geram valor a curto e longo prazo utilizando conhecimentos e técnicas de negócio, como inovação e criatividade.

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Como funciona o empreendedorismo social?

Como todo negócio, quem decide abrir um CNPJ para atuar com causas sociais deve se guiar por alguns princípios de operação. São eles: o propósito da empresa, qual a inovação que ela propõe como solução e qual a ação que ela oferece para colocar em prática o propósito.

Diagnóstico

O propósito, também conhecido como diagnóstico, trata-se da identificação do problema social que a empresa propõe atuar.

Identificação de oportunidade

Para chegar aos resultados pretendidos e impactar socialmente, é necessário ser criativo, ainda mais em um cenário em que há vulnerabilidades sociais e o lucro não é o principal objetivo. Neste caso, o empreendedor social deve ser curioso e ter a visão inovadora e criativa para chegar em soluções que o Estado e outras instituições privadas ainda não conseguiram.

Criação de uma nova realidade

A partir da ação, ocorrem as mudanças atreladas ao empreendedorismo social. Aqui, é necessário mobilizar pessoas, como investidores, parceiros e colaboradores que tornem possível a execução do propósito.

É no acompanhamento do negócio em que o empreendedorismo social mostra o seu impacto na vida daquela parcela social afetada e provoca mudanças no ambiente como um todo.

Empreendedorismo social: exemplos no Brasil e no mundo

Existem diversos exemplos de empreendedorismo social no Brasil e ao redor do mundo, confira alguns deles:

Graacc (www.graacc.org.br)

Desde 1991, a organização funciona com base em um sistema de gestão e atendimento que envolve pesquisadores de universidades, a iniciativa privada e a sociedade. O propósito do fundador, o oncologista pediátrico Antonio Sérgio Petrilli, é o combate ao câncer infantil no Brasil.

TOMS Shoes (www.toms.com/)

Em 2006,  o americano Blake Mycoskie criou a TOMS Shoes, com a proposta de ajudar crianças carentes. A ideia era que a cada par de calçados vendido pela empresa, um novo seria doado.

Gerando Falcões (www.jovensfalcoes.com.br)

A proposta de abordar com alegria e otimismo as mensagens de incentivo à educação e à cultura e do cotidiano da periferia é um dos objetivos do Gerando Falcões. Com incentivo do empreendedor social Eduardo Lyra, a iniciativa já conseguiu implantar diversos projetos socioeducativos, que atingem mais de 100 mil jovens por ano. Em 2014, ele foi escolhido pelo Fórum Econômico Mundial como um dos jovens paulistas de até 30 anos com potencial para mudar o mundo.

AID: Tech (https://v3.aid.technology/)

A AID: Tech é responsável pelo lançamento do primeiro aplicativo blockchain de doações rastreáveis para clientes de bancos, empresas e consumidores. A iniciativa é vencedora do prêmio do Chanceler do Ano do Citibank por combater a corrupção, apresentado pela diretora do FMI, Christine Lagarde. Já o CEO e cofundador Joseph Thompson  foi nomeado como um dos dez líderes mundiais que fazem avançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/) da ONU.

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Empreendedorismo tradicional e social: qual a diferença?

A principal diferença entre conceito de empreendedorismo social e o tradicional é quanto ao lucro. Como o modelo de atuação do empreendedorismo social tem como parte central do negócio a resolução de algum problema social, ele pode ser organizado com ou sem fins lucrativos. Apesar disso, em geral, a intenção é ser auto suficiente, sem precisar contar como fonte de renda doações ou patrocínios. Também vale dizer que as empresas do tipo social não são caracterizados como uma Organização Não Governamental (ONG).

Já as empresas ditas tradicionais nascem com a ideia de gerar mais capital financeiro a partir do ganho sobre a venda de mercadorias ou da prestação de serviços. Neste cenário, um dos principais traços de uma empresa tradicional é proporcionar ganhos financeiros para o seu dono.

No entanto, em ambos os casos, o empreendedor busca oportunidades no mercado para atingir os seus objetivos com a empresa, seja potencializar os lucros ou gerar o valor social proposto.

Empreendedorismo social e assistência social: qual a diferença?

A principal diferença entre o empreendedorismo social e a assistência social é a abrangência da ação. Enquanto o empreendedorismo social pode alcançar diferentes públicos e estar presentes em diferentes lugares, a assistência social está ligada a um espaço específico, com uma população específica em um momento específico.

Assim, um negócio social trata-se de uma empresa com visão de futuro e plano de negócios, enquanto um projeto de assistência social busca apoiar algum grupo mas sem uma rede empresarial maior que sustenta a ação.

Qual a importância do empreendedorismo social?

Transformar o mundo e melhorar a vida das pessoas às vezes pode ser visto como utópico demais. Não para os empreendedores sociais. Com uma visão altruísta, eles recorrem a técnicas de gestão, inovação, criatividade, sustentabilidade e outras com o propósito de resgatar as pessoas de situações de risco social e promover a melhoria de sua condição de cidadão na sociedade, por meio da geração de capital, inclusão e emancipação social. Normalment,e são pessoas que possuem outros negócios e utilizam a sua experiência para dar suporte a quem precisa, de maneira organizada e sustentável.

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