Mulher empreendedora: quais são os desafios e as conquistas

Mulher empreendedora: quais são os desafios e as conquistas

Ser mulher empreendedora significa direcionar tempo e esforço para gerar valor em diferentes espaços. E isso não é só como empresária, mas também ao assumir um cargo de liderança, ao ser a propulsora de iniciativas sociais e culturais, ou seja, ao estabelecer-se como construtora do seu próprio caminho.

O mundo ainda está transitando entre espaços de liderança completamente masculinos e novas propostas, que incluem também as mulheres nestes papéis. Este equilíbrio está em construção, no mundo dos negócios, na política, no campo científico – em diversos espaços da vida social.

Podemos dizer que um dos principais desafios é justamente que o equilíbrio, de fato, está longe de ser alcançado: dados do IBGE (2019) demonstram que as mulheres ocupam apenas 37,4% dos cargos gerenciais e recebem 77,7% do rendimento dos homens.

Na Contabilizei, também temos esse desafio. Em 2023, temos 42,8% de mulheres em cargos de liderança x 57,2% de homens em cargos do mesmo nível.

Como tornar nossa sociedade mais igualitária? 

Torne-se um aliado das mulheres em busca de uma sociedade mais igualitária. Podemos citar como exemplo uma menina que deseja se tornar jogadora de futebol, profissão por muitos anos restrita ao universo masculino e até hoje ainda menosprezada para os casos femininos.

Se a família e os amigos desvalorizarem sua vontade e esforço, ela precisará de mais força ainda para ultrapassar essas barreiras. Pensando no desenvolvimento pleno das capacidades humanas, tanto uma cantora quanto uma jogadora, ou ainda advogadas, médicas, engenheiras – qualquer atividade pode ser a realização mais acertada para o perfil de alguém.  

Quem são as mulheres empreendedoras e quais os desafios? 

Entre muitas formas de empreendedorismo, o empresarial é um dos mais conhecidos. Muitas mulheres decidem ser donas do próprio negócio e enfrentar o mundo empresarial como empreendedoras – e esse pode ser um caminho muito promissor.

Dados divulgados pelo Sebrae indicam o perfil das donas de negócios de 2021:  têm maior grau de escolaridade do que a população em geral, são jovens e estão mais concentradas no setor de serviços. Outro dado relevante que aparece na pesquisa é que as mulheres dedicam menos horas aos negócios – e isso está em paralelo com a informação de que 49% são chefes de domicílio.

Ainda nesse sentido, dados IBGE informam que “em relação a cuidados de pessoas ou afazeres domésticos, as mulheres dedicam quase o dobro de tempo que os homens: 21,4 horas contra 11 horas semanais.”

Como se inspirar e seguir na jornada empreendedora?

Ao praticar o empreendedorismo, toda mulher deve saber que é um caminho como outro qualquer: de acertos e de erros. É importante que o planejamento que for feito para que a atividade desejada seja colocada em prática leve em consideração as necessidades da empreendedora, justamente para que os momentos de dificuldades se tornem aprendizado.

Por exemplo, ao investir em um novo negócio, é importante saber que há um período inicial, por vezes longo, em que só há despesas e não há lucro – é um momento de reconhecer se o que foi planejado para aquele negócio faz sentido, se há espaço para mudanças que possam alavancar as atividades de modo mais correto, entre outras avaliações.

Por isso mesmo, antes de começar a empreender é preciso avaliar qual o montante de capital necessário não somente para o investimento em produtos, equipamentos, contratações – mas também o investimento para sustento da empreendedora enquanto o negócio vai ganhando forma. 

Por isso mesmo, é importante planejar o investimento em um negócio e contar ainda com um escritório de contabilidade que possa lhe auxiliar com toda a abertura da empresa – hoje você já conta inclusive com opção de contador online, o que é uma facilidade enorme para o seu dia-a-dia (especialmente para quem tem dupla jornada). 

O que uma mulher precisa para empreender? 

Conforme a definição de empreendedorismo que vimos, a base para que alguém possa empreender está em identificar seu potencial na criação de uma proposta – conhecer quais são as suas principais características, e como elas podem ser embarcadas no projeto que você quer desenvolver.

Como exemplo, podemos avaliar que alguém que se torna professora identificou em si uma inclinação para o ensino, com características como paciência, curiosidade, interesse por estudos continuados. Da mesma forma, uma professora que já tem essas características claras para si mesma pode direcioná-las para um negócio próprio: esse interesse por estudos continuados, por exemplo, pode ser um diferencial estratégico na hora de se posicionar em um mercado de consultoria.

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Todas as mulheres que desejarem podem, sim, empreender. O mais bacana do empreendedorismo é que ele não tem regras fixas sobre o tipo de ação que pode ser feito: não se trata apenas de abrir uma empresa, mas também pode ser uma investida social, juntar-se a uma franquia, aliar-se a uma rede de mulheres que tem vontade de discutir assuntos específicos do seu cotidiano – as oportunidades são muitas. 

Porque apoiar o empreendedorismo feminino? 

Da mesma forma como o contexto atual permite que compreendamos que cada indivíduo deve ser plenamente desenvolvido para que possa alcançar seu próprio bem-estar, o empreendedorismo feminino é uma forma de demonstrarmos para todas as mulheres, desde meninas, que há espaço para que invistam em carreiras individuais, sem necessidade de aval de outros pares para isso.

Além dessa questão, é importante lembrarmos ainda que o desenvolvimento de novos negócios passa por diversos perfis de pensamento, e é crucial que tenhamos também mulheres na criação destas possibilidades – englobando a população como um todo neste movimento.

Então, além de precisar se planejar corretamente para alavancar um negócio, como qualquer outra pessoa que investe nesse sentido, as mulheres precisam ainda enfrentar as barreiras culturais. Em determinados tipos de propostas, de cunho mais masculino, o esforço é dobrado. 

Como está o empreendedorismo feminino no Brasil? 

Todas as estatísticas ainda apontam um árduo caminho a ser trilhado pelas mulheres para que seja possível maior igualdade entre os gêneros nas atividades da vida social. 

Na política, que é um dos caminhos considerados empreendedores para mulheres, o IBGE informa que em 2020 as mulheres eram 14,8% dos deputados federais, a menor proporção da América do Sul. Entre os vereadores eleitos, 16% eram mulheres.

Em relação aos cargos gerenciais, como já vimos, apenas 37,4% constaram como ocupados por mulheres em 2019 – mas aqui fica claro que há mudanças acontecendo, uma vez que na análise de pessoas de 60 anos ou mais, as mulheres representam apenas 32,6% dos ocupantes de cargos gerenciais. 

Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), 72% das empreendedoras são total ou parcialmente independentes quanto às finanças. Entre as participantes deste estudo em 2021, 42% tiveram seus pedidos de crédito negados – dado que precisa ser tratado com seriedade para potencializar as investidas femininas no mundo dos negócios.

Qual a porcentagem de mulheres que empreendem no Brasil?

De acordo com dados do Sebrae, havia 8,6 milhões de mulheres à frente de empresas no Brasil no terceiro trimestre de 2020. Esse dado confere o percentual de 33,6% do total de empresários no País no período. 

Embora em franco crescimento, outros campos onde se considera o empreendedorismo feminino também conjugam os mesmos resultados: ainda é preciso avançar.

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Escrito por:

Michele Heemann

Michele Heemann é vice-presidente de Pessoas, Cultura e Gestão da Contabilizei, onde atua desde 2020. Psicóloga formada pela PUC-RS com MBA em Gestão de Pessoas e Gestão Empresarial pela FGV e MBA em Transformação Digital pela PUCRS, reúne especializações em Gestão Estratégica pela ESPM e Certificação Internacional em Metodologia 6Ds. Com mais de 20 anos de experiência em recursos humanos, consultoria empresarial e coaching, anteriormente passou por empresas como Crédito Real, Mind On, Kley Hertz Farmacêutica. Hoje mantém o foco na transformação digital em gestão de pessoas e no apoio aos desafios estratégicos ligados ao ecossistema de startups em um cenário de desenvolvimento acelerado e de cultura escalável.

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