Nômade digital: O que é? Como se tornar um e dicas valiosas

Nômade digital: O que é? Como se tornar um e dicas valiosas

Um termo tão pouco convencional não poderia descrever outra coisa do que um profissional atípico: essa é uma das novas referências a esse mundo tecnológico que permite que as pessoas façam suas próprias carreiras utilizando somente o tão falado “home office”.

Freelancer, autônomo, liberal, informal. Há muitos tipos de palavras que descrevem os profissionais que não constam como empregados, mas que fazem sua própria carreira profissional – e cada um deles traz em si diferentes contextos de trabalho.

Mas quem seria esse profissional e porquê ele seria diferente dos outros? Venha conosco neste artigo conhecer um pouquinho desta descrição inovadora – quem sabe você já não esteja até surfando nessa onda?

O que é o nômade digital?

Nômade digital é aquele profissional que precisa somente de uma conexão com a internet para desenvolver o seu trabalho: recebe as demandas online, e as entrega da mesma forma. 

A descrição cabe para autônomos ou até mesmo profissionais liberais (sim, que são tipos diferentes), pois não importa de fato o tipo de contratação que você tem, se há ou não vínculo com o contratante – o que é regra para fazer de você um nômade digital é apenas que você não tem necessidade de estar fisicamente em nenhum local para poder exercer sua profissão.

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Que tipo de profissão pode ter o nômade digital?

Digamos que a Pandemia do novo Coronavírus adiantou bastante esta definição: a maioria dos profissionais que sobreviveu por um período fazendo suas atividades mantendo estritamente o “home office”  pode vir a adotar este estilo de vida. 

Sim, porque, mais do que uma definição de profissão, a história do nômade digital é justamente poder mudar de cidade, ou mesmo de país, como melhor lhe convier, mantendo o trabalho constante e em dia. 

Por exemplo, um médico ou um advogado teriam dificuldade em se descrever dentro destes parâmetros, porque ambas as profissões demandam atividades presenciais, seja no consultório ou seja no Fórum. Mas profissionais como arquitetos ou engenheiros, tipicamente profissionais liberais, também poderiam entrar para este seleto grupo, conforme o tipo de entregas que fazem e sua vontade de viver desta forma.

E por fim, o mercado mais óbvio para este tipo de trabalho é o da área da computação em si, desenvolvimentos para internet e aplicativos, envolvendo no ambiente macro também muitos profissionais da área da comunicação que desenvolvem conteúdos digitais. Esses são freelancers (ou autônomos, no bom português) – e a formalização das atividades geralmente envolve a criação de uma empresa, uma PJ, para facilitar os trâmites e reduzir custos.

Porque é bom ser um nômade digital? Quais as vantagens?

O melhor de ser um nômade digital é justamente aproveitar os benefícios que se tem ao poder mudar o escritório de localização sem ter o inconveniente de começar a clientela do zero. Você pode manter os clientes e a estrutura do trabalho, apenas carregando consigo seu computador.

Outra vantagem dessa liberdade toda é que, na maioria dos casos, o nômade digital é de fato dono da sua própria carreira (muitas vezes dono da sua própria empresa), e isso lhe permite definir quantas e quais horas quer trabalhar por dia. É dizer que se quiser fazer os projetos de manhã somente e tirar as tardes para curtir uma praia onde se instalou para o verão, ele pode.  

Alguns profissionais percebem também que podem ter uma remuneração maior sendo nômades digitais do que mantendo o formato de trabalho que tinham antes, porque se você pode estar em qualquer lugar, porque seu cliente teria que ser de uma cidade específica? Dessa forma, o profissional pode atender mais demandas e diversificar os ganhos.

Desvantagens de atuar como nômade digital

Bom, as dificuldades são um pouco clássicas: você pode encontrar algum inconveniente para realizar reuniões online se estiver em um fuso horário muito diferente do cliente ou da empresa que te contrata. E outra nessa mesma linha é o que a falta de convivência social pode fazer com a sua cabeça: se você ficar só trabalhando online sem conversar com as pessoas, mesmo que através de chamadas, você pode sentir o peso desse isolamento.

Também é preciso pensar que, se você for mesmo autônomo nas suas atividades, pode ter dificuldades se mantiver o negócio na informalidade – tendo até problemas para receber seus ganhos (sim, porque podem vir em moedas diferentes e gerar uma série de complicações bancárias).

Outro obstáculo que também aparece para este tipo de profissional é o baixo grau de comprometimento do cliente: você pode ter meses com muitos trabalhos, enquanto outros terão baixa demanda. É preciso organização e comprometimento para garantir uma renda interessante – não adianta ficar sentado esperando aparecer as oportunidades, é preciso ir buscá-las.

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Como se tornar um nômade digital: passo a passo: 

  1. Identifique se sua profissão atual tem esse potencial ou se você precisará de uma nova atividade econômica para colocar essa proposta em prática

Como dissemos antes, o nômade digital não pode ter necessidade de presença física para o trabalho, sendo este o primeiro corte.

  1. Pense em como será sua remuneração

Se você está deixando um emprego formal para dar esse passo, planeje com antecedência como fará para manter um certo padrão de renda. Além disso, avalie as vantagens de abrir uma empresa para receber os pagamentos de forma legal e menos onerosa.

  1. Procure clientes

Muitos profissionais que se encaminham para esse tipo de atuação já contam com pelo menos um cliente garantido, seja de um emprego anterior ou de um contato que algum amigo oferece. Isso é importante para lhe proporcionar o mínimo de estabilidade.

  1. Defina o local (ou locais) onde vai atuar 

Como você não precisa de endereço fixo (somente de presença online!), você pode optar pelo local que melhor lhe convier, inclusive reduzindo custos com aluguel ou transporte. Também é possível passar um tempo mais próximo da família e dos amigos, trabalhando perto, ou mesmo viajando, pelo Brasil ou pelo exterior, mantendo o trabalho sempre ativo.

  1. O pulo do gato: como gerar renda online

Como já comentamos antes, uma das dificuldades é justamente manter os rendimentos com algum grau de segurança, porque assim como você está prestando serviços online outras milhares de pessoas também estão – então a concorrência também não fica limitada a sua cidade. 

Para que você seja uma boa escolha para o cliente, é imprescindível manter uma presença online bem construída: quer dizer, você deixou o endereço físico, e o endereço online agora é o seu maior foco. Avalie os trabalhos que já prestou à distância e monte um bom portfólio de apresentação. 

Além disso, verifique se você está ofertando bons canais de relacionamento com seus clientes – já que vocês não vão tomar aquele cafezinho juntos, é importante ele se sentir acolhido quando vocês mantêm contato.

Outra boa ideia para gerar pedidos online para seus serviços é manter todos os amigos e contatos informados sobre o que você está fazendo, que tipo de serviços está prestando e o que pode oferecer para eles. Muitos de seus contatos podem não contratar nada com você, mas vão lembrar do seu nome quando alguém estiver precisando de alguma das atividades que você oferece.

Remuneração: qual é a melhor forma de receber dinheiro sendo um nômade digital?

É importante, para que as atividades sejam remuneradas realmente da melhor maneira, verificar as possibilidades que existem para receber os valores. Se você for um profissional autônomo propriamente, terá de fazer as cobranças pedindo que a empresa emita RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) e manter sua conexão com o Governo em dia através do pagamento de seu INSS.

O modelo de contratação de trabalhos esporádicos através de RPA é bastante conhecido no Brasil, mas já faz algum tempo que a contratação de PJ (Pessoa Jurídica) por projeto também é uma realidade. Enquanto no pagamento aos autônomos os impostos são descontados, no pagamento à PJ os impostos devidos são pagos pela empresa, conforme o enquadramento tributário da mesma – e são menores.

Então, se você resolver abrir uma empresa (que dependendo da atividade que você faz poderá até ser Microempreendedor Individual), você poderá emitir nota fiscal e recolher os impostos de forma unificada. Avalie.

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Dicas de profissões para se tornar um nômade digital

Se você conferiu nosso passo a passo e não identificou que sua profissão atual seja uma boa opção para se tornar um nômade digital ou você está começando a carreira e quer acertar na escolha, vamos te mostrar algumas opções que estão em alta para quem tem presença profissional somente online.

1. Programador 

o mercado de programação é muito prático para quem deseja apenas se conectar e sair trabalhando. Se você tem disponibilidade de fazer uma faculdade ou cursos técnicos nesse setor, é uma boa opção. Não se esqueça que existem inúmeras linguagens de programação, e que elas vão ficando obsoletas assim como o seu smartphone depois de somente um ano de uso – nesse mercado, é preciso também querer ficar sempre aprendendo e estudando.

2. Designer

assim como na programação, o mercado de web design é intenso e está sempre com oportunidades para novos profissionais. De novo, é preciso se aprimorar para que as coisas sigam conforme suas expectativas, uma vez que há uma certa interface entre o que o designer apresenta e as linguagens de programação. Mesmo outros tipos de design tem vez para atuação virtual: os projetistas de embalagens, desenhistas de layouts para diversos tipos de produtos, mesmo os designers de interiores conseguem, conforme o que precisam entregar, trabalhar a distância.

3. UX Writer

Mesmo sem formação profissional, alguém que é competente no português pode tentar este ramo. Assim como acontece com os programadores e designers, há um vasto campo para os redatores porque muitas empresas precisam de fornecedores de conteúdo para popularizar seus espaços online, gerando demandas de textos específicos relacionados com suas atividades.

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Escrito por:

Vitor Torres

Vitor Torres é fundador e presidente da Contabilizei desde 2013, quando iniciou uma revolução ao liderar o movimento de desburocratização da contabilidade no país, tendo alcançado a liderança no segmento durante essa jornada. Hoje tem o propósito de simplificar a vida dos micros e pequenos empreendedores e fortalecer o futuro de cada um dos 50 mil clientes da companhia, transformando o cenário do empreendedorismo no Brasil. O executivo é formado em Administração pela Universidade Positivo, possui formação executiva em Liderança em Escala pela INSEAD, realizou um MBA de Administração e Negócios pela Columbia Business School e participou de um Programa de Liderança Executiva em Negócios pela Stanford University Graduate School of Business. Em 2016, foi selecionado como Empreendedor Endeavor. Reúne experiência na área de consultoria e análise de negócios, tendo apoiado de forma pioneira no desenvolvimento do ecossistema de startups.

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